domingo, 30 de maio de 2010

PASSEIO NO VALE DA CABRELA

O passeio pedestre desta manhã teve início junto ao Museu Arqueológico de S. Miguel, em Odrinhas, o mais importante pólo de vestígios Romanos de Sintra.O céu estava nublado e a temperatura ambiente fresquinha convidava a caminhar.Depois duma prolongada descida, formada essencialmente por socalcos de pedra e vegetação rasteira, foi alcançado o frondoso Vale da Cabrela.Este vale é atravessado pela Ribeira da Cabrela, que nasce a uma altitude de 280 m, perto da Base Aérea nº. 1 e é um dos afluentes da Ribeira de Cheleiros, que junto à foz toma o nome de Rio Lizandro.Caminhando junto à Ribeira da Cabrela aproximámo-nos dos vestígios de uma ponte romana.Não obstante a existência da ponte houve quem teimasse em atravessar a linha de água através das pedras que se encontram adormecidas no seu leito.Entretanto o sol tinha vencido a oposição das nuvens e a temperatura do ar aqueceu. Por isso, foi à sombra de frondosas árvores que o grupo decidiu matar a sede e "forrar o estômago" com uns deliciosos bolinhos de abóbora com que a Zézinha nos brindou.De seguida atacámos uma subida donde se avistava uma magnífica paisagem com a povoação de Cheleiros ao fundo.Fez-se depois uma curta paragem técnicana Aldeia de Broas, que está votada ao abandono desde finais do século passado.Mais uma subida,outra aindae a paisagem passou a ser ocupada por terrenos agrícolas, onde se encontra alguma agropecuária.Passavam poucos minutos do meio dia quando chegámos a Odrinhas dando por concluída uma saudável caminhada com cerca de 12 kms.No final ainda houve tempo para saborearmos umas saborosas rabanadas confeccionadas pela Tina, não havendo registo de imagens deste acto para não denunciar aqueles que colaram os dedos aos copos de "belo tintol" - oferecido pelo Luís - até puderem ver o fundo da garrafa.

sábado, 29 de maio de 2010

A CONSTRUÇÃO DO UNIVERSO


«O Universo é a mais requintada obra de arte jamais construída por ninguém»

Esta frase, que o Pai do Bicho não tem dúvidas em subscrever, é da autoria de Martin Gardner, que faleceu no passado dia 22 de Maio, aos 95 anos de idade.
Este americano era reconhecido pelo seu contributo para a matemática recreativa, embora a sua gama de interesses incluísse filosofia, literatura, ilusionismo, pseudociência e cepticismo científico. Foi autor de 70 obras, tendo assinado a coluna "Mathematical Games na" revista "Scientific American", entre 1956 e 1981.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O POVO E A CRISE


O povo saiu à rua para festejar a vitória do Benfica e eu, apesar de ser do Sporting, não achei mal. As pessoas têm o direito de ficar alegres.

O povo saiu à rua para ver o Papa e eu, apesar de ser agnóstico, não acho mal. As pessoas têm direito à sua fé.

O povo vai à Covilhã espreitar a selecção e eu, apesar de não ligar nenhuma, não acho mal. As pessoas têm direito ao patriotismo.

O governo escolhido pelo povo impõe medidas de austeridade umas atrás das outras, aumentando os impostos e não abdicando dos mega investimentos. O povo não reage. Não sai à rua. Reclama à boca pequena e cria grupos zangados no Facebook.

É triste que este povo, que descobriu meio mundo, não imprima à reivindicação dos seus direitos a mesma força que imprime à manifestação das suas paixões."

Um país onde se admite a possibilidade de taxar o subsídio de Natal, ou mesmo acabar com ele, mas que gasta de dinheiros públicos para TGV, altares, estádios de futebol, frotas milionárias para gestores públicos, salas de fumo no Parlamento, reformas obscenas a quem trabalha meia dúzia de anos ou nem tanto, etc... é um país pobre, de facto.

Mas de espírito, antes de mais.
Será que ainda ninguém reparou que já não vivemos em Democracia, mas em partidocracia?

Para quando outro Maio de 68?

(Fonte: e-mail C.Teixeira)

domingo, 23 de maio de 2010

II CIMEIRA DAS FAVAS

Fora do alcance dos holofotes e dos blocos de notas da imprensa realizou-se esta manhã, na "Morais's Farm" a II CIMEIRA DAS FAVAS, que reuniu à volta da mesa 15 dos mais reputados congressistas da zona saloia.Do aprazível local avistava-se a Serra de Sintra e o seu majestoso Palácio da Pena.O sucesso deste acontecimento nada ficou a dever à I Cimeira realizada em Março de 2008. As favas acompanhadas de entrecosto e enchidos estavam soberbas e as sobremesas um espanto.Cerca das 9h00, foi entre a horta e o pomar que a "Morais Family" acolheu simpaticamente os participantes neste eventoe, para abrir apetites, teve início uma caminhadaatravés do Pinhal de Nazaré,que até permitiu aliviar uma nespereira do peso de alguns dos seus ovais e aveludados frutos de cor alaranjada.A apreciação de uma original nora com alcatruzes fez com que o grupo detivesse a sua marcha por alguns instantese ainda os relógio não assinalavam o meio-dia, já estavam completados cerca de 11 kms. duma agradável e acessível caminhada. Para que os presentes não se sentissem incomodados pelo odor originário das glândulas apócrinas, vulgo suor, houve quem recorresse a um higiénico "cold shower of mangueirada".Seguiu-se a extracção das sementes que se encontravam dentro das vagens das "fabaceaes ou papilionoideae", a confecção das mesmas e o "exercício mastigante".Mais uma vez os anfitriões - Casal Morais e herdeiro - se desfizeram em generosidade e simpatia para que todos os participantes se sentissem felizes e de barriguinha cheia. Eles estão de parabéns e o Pai do Bicho não tem dúvidas que este reconhecimento é unânime no seio do grupo.Depois do "coffee break", houve um acalorado debate com interessantes intervenções sobre a temática da "fabaciana enchouriçada",

foram apresentados alguns números circensese a II CIMEIRA DAS FAVAS foi encerrada com a distribuição de diplomas de participação no evento, com a particularidade destes documentos serem representados por fatias de abóbora, o que não significa, que se possa inferir, que os presentes tenham cabeça da dita cuja.




quinta-feira, 20 de maio de 2010

VAMOS MATAR O BORREGO


Muitos ouviram já alguém proferir a frase "VAMOS MATAR O BORREGO" como metáfora, sabendo-se que esta expressão revela o desejo de que aconteça algo que há longo tempo não ocorre.
No entanto, poucos conhecerão a origem desta figura de estilo.
O Pai do Bicho já tinha ouvido várias histórias vividas no mundo do futebol sobre este tema e, decidindo investigar o assunto, apurou o seguinte:
O Sporting Clube Olhanense e o Sporting Clube de Portugal iam iniciar a época futebolística de 1974/75, defrontando-se no Algarve, em casa emprestada, no Estádio de S. Luís em Faro.
Até aí, o Olhanense estivera 34 anos sem bater o Sporting. Então, um adepto algarvio prometeu que mataria um borrego caso o seu clube levasse de vencida os lisboetas.
Aconteceu que um remate de longe do argentino Lo Bello selou o único triunfo do Olhanense sobre o Sporting e o homem matou o borrego. Já lá vão 35 anos e os algarvios de Olhão não mais venceram os leões.
Curiosamente, o actual treinador do Sport Lisboa e Benfica, Jorge Jesus, integrava como jogador a equipa que "matou o borrego".
Daí que, ainda hoje, quando uma equipa defronta outra que não vence há longo tempo, os seus elementos vulgarmente exteriorizam a sua ambição ganhadora metaforicamente afirmando aos quatro ventos:
"VAMOS MATAR O BORREGO"

terça-feira, 18 de maio de 2010

PRÓSTATA - REAGIR AOS SINTOMAS


O cancro da próstata é a segunda doença maligna mais frequentemente diagnosticada e uma das principais causas de morte nos homens. Em Portugal, surgem todos os anos quatro mil novos casos da doença e o número de óbitos ronda os 1400 a 1600 por ano.
Muitos homens entram em pânico quando têm sangramento urinário, fazem retenção urinária, têm diversas micções num curto espaço de tempo, urinam aos pinguinhos, ou sentem irritabilidade na zona da bexiga/próstata. Pensam logo o pior. Porém, estes sintomas nem sempre resultam duma situação cancerígena, pois pode tratar-se apenas de uma hipertrofia benigna da próstata ou uma prostatite ( processo inflamatório ou infeccioso).
Perante algum destes sintomas não se deve facilitar e o melhor será mesmo recorrer ao médico e submeter-se aos exames necessários que permitam traçar o diagnóstico correcto.
O toque rectal, a ultra-sonografia, a urografia excretora, a retrocistografia, a uretrocistoscopia e a biópsia da próstata são meios de diagnóstico que normalmente assustam os pacientesl.
Há no entanto outros exames, que não causando melindre nos doentes, poderão ser decisivos para um correcto diagnóstico. É o caso do análise ao sangue, que permite avaliar a dosagem do PSA (uma proteína chamada Antígeno Prostático Específico) que é importante para a exclusão de possíveis tumores malignos da próstata. Um novo exame não agressivo passou também a fazer parte dos meios de diagnóstico e reduzir o número de biópsias - trata-se de um simples teste à urina, designado PCA3.
Uma próstata doente não conduz forçosamente à morte, mas o doente tem que fazer a sua parte. Ao aperceber-se de algum dos sintomas acima referidos não deve adiar uma visita ao médico, porque se o fizer tardiamente o desfecho poderá ser fatal.

Saber mais em:

domingo, 16 de maio de 2010

NA SERRA DA CARREGUEIRA COM O OLHO VIVO

A Serra da Carregueira foi o cenário do passeio pedestre promovido pela Associação Olho Vivo na manhã deste domingo. A concentração de cerca de 30 caminheiros teve lugar no Jardim 25 de Abril em Belas pelas 9h00.Depois de atravessarmos a vila de Belasabordámos a Serra da Carregueira, seguindo junto à ribeira de Belas.Aí, demos conta da existência de uma vetusta pontee várias minas de água que indiciam a abundância do precioso líquido naquela zona.Ao longo do caminho houve várias paragens para permitir que os dois simpáticos representantes da Associação Olho Vivo explicassem ao grupo alguns aspectos interessantes sobre a biodiversidade local.Entretanto, à nossa esquerda surgiu o solar da Família Pinto Basto como prenúncio de outras mansões por onde havíamos de passar, a provar que este foi um dos locais de eleição para as casas de férias de famílias abastadas no séc. XIX e início do séc. XX.Alguns ramais do aqueduto das águas livres e os respectivos respiradouros pontificam no local.Em contraponto à beleza natural são também evidentes alguns sinais do último incêndio que devastou parte desta serra.O Casal do Brouco, antiga exploração agrícola de várias dependências, incluindo a casa principal, estábulo e palheiros anexos, foi o ponto escolhido para uma breve pausa.Houve até quem trepasse alto para melhorar o seu campo de visão.Com os estômagos mais aconchegados prosseguimos entre carrascos, tojais, carvalhos, oliveiras, acácias e eucaliptos.Atravessámos depois o Casal da Carregueira,passando junto ao campo de golfe do Lisbon Sports Club.Seguiu-se um caminho de rara beleza junto à ribeira do Jamor,que no local apresenta ainda um leito de dimensão reduzida.Chegámos então a um curioso portão ornado com um brasão, que amavelmente nos foi franqueadopara visitarmos a Quinta do Bonjardim, que se mantém na propriedade da Família Empis desde o séc. XVI. Dentro dos seus muros realizaram-se no séc. XIX numerosos espectáculos e foi ali, que em 1888, se realizou o primeiro jogo de futebol em Portugal.A escadaria de acesso ao solar desta brasonada quinta foi o local escolhido para a foto do grupo.Já no exterior da quinta houve quem quisesse refrescar-se numa fonte seculare aguardar pelos restantes elementos ao abrigo de uma sombra que incidia sobre um velho cruzeiro.Prosseguindo a nossa viagem através dos séculos, palmilhámos o que resta de uma antiga estrada romana que em tempos remotos ligava Lisboa a Torres Vedras,até que alcançámos o alto dos moinhos de Belas, que oferece uma panorâmica que se estende até à Serra de Sintra.Dali a Belas foi apenas um saltinho. Depois de 8 kms. a atravessar colinas e vales concluimos a caminhada na Antiga Casa dos Fofos de Belas, fundada em 1850. O passeio não podia ter acabado melhor!