O IV Reich parece estar na forja. Estará?
Um jornalista e escritor de origem britânica, a viver na Hungria, escreveu um livro intitulado "O Protocolo Budapeste".
No livro, Adam Lebor ficciona sobre um suposto directório de firmas alemãs, que teria como missão restabelecer o domínio da Alemanha, não pela força das armas, mas da economia.
Um dos passos fulcrais seria a criação de uma moeda única que obrigasse os países a submeterem-se a uma ditadura orçamental imposta por Berlim. o outro, descapitalizar os estados periféricos, provocar o seu endividamento, atacando-os, depois, pela asfixia dos juros da dívida, de forma a passar a controlar, por preços de saldo, empresas estatais estratégicas, através de privatizações forçadas. Para isso, o directório faria eleger governos dóceis em toda a Europa, munindo-se de políticos-fantoche em cargos decisivos em Bruxelas - presidência da Comissão e, finalmente, presidência da U.E.
ADAM LEBOR NÃO É PORTUGUÊS - nem a narração da sua trama se desenvolve cá. Mas os pontos de contacto com a realidade, tão eloquentemente avivada pelas declarações de Merkel, são irresistíveis. Aliás, «não é muito inteligente imaginar que numa casa tão apinhada como a Europa, uma comunidade de povos seja capaz de manter diferentes sistemas legais e diferentes conceitos legais durante muito tempo.» Quem disse isto foi Adolf Hitler. A pax germânica seria o destino de «um continente em paz, livre das suas barreiras e obstáculos, onde a história e a geografia se encontram, finalmente, reconciliadas» - palavras de Giscard d'Estaing, redactor do projecto de Constituição Europeia. É um facto que a Europa aparenta estar em paz. Mas uma certa guerra pode ter já recomeçado.
Sexto Sentido
in Filipe Luís
VISÃO nº970 de 6 a 12 de Outubro de 2011
Um jornalista e escritor de origem britânica, a viver na Hungria, escreveu um livro intitulado "O Protocolo Budapeste".
No livro, Adam Lebor ficciona sobre um suposto directório de firmas alemãs, que teria como missão restabelecer o domínio da Alemanha, não pela força das armas, mas da economia.
Um dos passos fulcrais seria a criação de uma moeda única que obrigasse os países a submeterem-se a uma ditadura orçamental imposta por Berlim. o outro, descapitalizar os estados periféricos, provocar o seu endividamento, atacando-os, depois, pela asfixia dos juros da dívida, de forma a passar a controlar, por preços de saldo, empresas estatais estratégicas, através de privatizações forçadas. Para isso, o directório faria eleger governos dóceis em toda a Europa, munindo-se de políticos-fantoche em cargos decisivos em Bruxelas - presidência da Comissão e, finalmente, presidência da U.E.
ADAM LEBOR NÃO É PORTUGUÊS - nem a narração da sua trama se desenvolve cá. Mas os pontos de contacto com a realidade, tão eloquentemente avivada pelas declarações de Merkel, são irresistíveis. Aliás, «não é muito inteligente imaginar que numa casa tão apinhada como a Europa, uma comunidade de povos seja capaz de manter diferentes sistemas legais e diferentes conceitos legais durante muito tempo.» Quem disse isto foi Adolf Hitler. A pax germânica seria o destino de «um continente em paz, livre das suas barreiras e obstáculos, onde a história e a geografia se encontram, finalmente, reconciliadas» - palavras de Giscard d'Estaing, redactor do projecto de Constituição Europeia. É um facto que a Europa aparenta estar em paz. Mas uma certa guerra pode ter já recomeçado.
Sexto Sentido
in Filipe Luís
VISÃO nº970 de 6 a 12 de Outubro de 2011