Já gostávamos deles quando era o ‘marisco do povo’, mas agora a ciência apoia a sua elevação ao estatuto de alimento saudável dando-nos boas razões para exigir a sua inclusão na nova roda dos alimentos.
O seu nome vem do árabe “at-turmus”, e é da família das favas e ervilhas. Fiel companheiro da cerveja, o tremoço é um verdadeiro petisco tradicional injustamente votado a alguma indiferença perante o carisma de uns pistácios ou até de uns amendoins.
Servido gratuitamente nas tascas e cervejarias - um pires por cada cerveja -, já não é fácil encontrar nos cafés e esplanadas mais recentes.
Nutricionalmente este modesto bago amarelo está quase ao nível de um bife. Tem três vezes mais proteínas e duas vezes mais fósforo do que o leite de vaca. E mais: é rico em fibras, vitaminas do complexo B, cálcio, potássio, ferro, vitamina E e ómega 3. E ainda mais: o seu reduzido teor em amido converte-o num aliado nada desprezível no controlo dos níveis de açúcar no sangue e um óptimo companheiro das dietas.
As suas propriedades cicatrizantes estimulam a renovação das células da pele... Um verdadeiro elixir, em suma. Os egípcios deviam sabê-lo, consumiam a semente do tremoçeiro há pelo menos três mil anos. Actualmente a Austrália é o maior produtor mundial. Além de Portugal, são também apreciados na América latina e nalguns países da bacia do Mediterrâneo.
Para ser comestível, o tremoço tem de ser cozido e demolhado em água salgada já que o grão seco é tóxico e contém vários alcalóides que lhe conferem um sabor amargo.
Menos conhecidas são suas propriedades como fertilizante. Recentemente uma equipa de investigadores do Instituto Superior de Agronomia desenvolveu um fungicida natural a partir de uma proteína da flor do tremoço que pode ser usado em vinhas, por exemplo. Um autêntico adubo verde.
(Compilação de pesquisas na internet)
(Compilação de pesquisas na internet)
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