domingo, 22 de novembro de 2009

O SOL BRILHOU NA SAMARRA

Depois de um dia chuvoso e cinzentão, domingo amanheceu solarengo como que a premiar os 14 caminheiros que se propuseram realizar uma caminhada até à Praia da Samarra.A partida deu-se cerca das 9 horas junto à igreja de S. João das Lampas,com o grupo a caminhar em bom ritmo.Passada uma vetusta estrada romanae alguns caminhos que testemunhavam a pluviosidade da véspera,dois elementos do grupo adiantaram-se e tiveram que esperar pelos demais.Chegados à Catribana temeu-se que a Fernanda quisesse desistir do passeio e tomasse o autocarro de regresso a casa,ao mesmo tempo que a Tina satisfazia a sua curiosidade espreitando o interior de uma mina de água.Ao longo do caminho surgiram algumas rudimentares construções em pedra a lembrar épocas em que havia tempo para edificar, pedra a pedra, muros que dividiam propriedades.Um campo de malmequeres parecia sugerir que a Primavera substituíra o Outono.Entretanto o grupo prosseguia a sua marchaaté que alcançou a Praia da Samarra.Foi neste local que se deu uma pequena paragem técnica para aconchego estomacal.Demos então conta que vários ciclistas da modalidade de BTT desciam por um vertiginoso trilho,que nós trepámos de seguida.Depois da subida esperava-nos um caminho estreito e lamacento onde o sol não conseguia penetrar devido ao frondoso canavial que o ladeava.Já na orla costeira deparámos com espaços cultivados, ora alfaces em estufa,ora couves de Bruxelas a céu aberto,enquanto à nossa direita, o mar estava revolto e pleno de alva espuma.Encaminhámo-nos depois para o interior e constatámos que para além da agricultura, a criação caprina também faz parte da economia de subsistência de parte dos habitantes locais.Pelo caminho,dois cachorritos simpatizaram com a Fátima.Chegados a uma velha ponte romana onde já tínhamos passado há uns meses, verificámos, com algum pesar, que a pesada laje que unia as duas margens da ribeira fora substituída por um passadiço em madeira.Depois de passarmos por uma artística fonte em Bolembre,chegámos a S. João das Lampas, onde após 14 kms. percorridos, fomos recebidos por uma brigada de trabalhadores que nem ao domingo se permite descansar.


Foi mais uma manhã cinco estrelas.


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