terça-feira, 5 de outubro de 2010

ALMEIDA SANTOS DESMASCAROU-SE


"As crises não são só do Governo, são do povo e o povo tem que sofrer as crises como o Governo sofre".
“Não são sacrifícios incomportáveis”
(Considerações tecidas pelo presidente do PS, Almeida Santos em 29-09-2010, sobre os sacrifícios que estão a ser pedidos aos portugueses)
Já não basta ao povo sofrer os efeitos da crise. O povo tem também que estar sujeito a ler e ouvir as palavras infelizes de Almeida Santos.
As elites nem sempre conseguem manter a aparência hipócrita que estão ao lado do povo, mesmo quando durante parte da sua vida se fizeram passar por socialistas.
Há sempre uma ocasião em que, tal como o azeite, a verdade vem ao de cima. Esse momento pode acontecer quando a senilidade já não perdoa, como parece ser o caso de Almeida Santos.
Não se pode culpabilizar o povo pela crise actual nem tão pouco por não ter tomado a melhor opção enquanto eleitor, pois as possíveis escolhas no actual quadro político não parecem oferecer credibilidade e garantias de uma boa governação. A responsabilidade da crise que o nosso país atravessa deve ser imputada por inteiro aos políticos, que nos têm governado nas últimas décadas revelando total incapacidade para perceber a debilidade da nossa economia, não tomando as medidas adequadas, ao mesmo tempo que permitiram que a corrupção e o clientelismo se instalassem.
O Sr. Almeida Santos foi longe demais e demonstrou com as suas palavras que atingiu o limite do seu prazo de validade enquanto político.
Quantos "Almeidas Santos" que gravitam no nosso espaço político será ainda preciso (auto)desmascarar(em-se) para que o povo deixe de ser ingénuo e manifeste a sua revolta a esta corja de malfeitores que insistem em subordinar a defesa dos interesses dos portugueses às vantagens que extraem em proveito próprio e para suas famílias políticas?
A crise não é do povo, mas é o povo que a paga por manifesta incapacidade e desonestidade da classe política. É esta a convicção do Pai do Bicho.

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