A possibilidade de uma substancial redução na contribuição da taxa social única (TSU) na parte que cabe à entidade patronal tem dominado a actualidade.
Como é sabido, a população portuguesa está a envelhecer e o progressivo aumento da relação do número de pensionistas por trabalhadores é preocupante porque pode comprometer o futuro da sustentabilidade do sistema da segurança social. Daí que não seja difícil prever que a aplicação da anunciada medida possa provocar o descalabro dos cofres da Segurança Social, a menos que se onere a carga fiscal noutros impostos que compensarão a perda de receita da TSU.
Nesse sentido há quem aponte um aumento na taxa do IVA.
Ora sendo este um imposto sobre o consumo, os portugueses perderão poder de compra que se reflectirá num menor consumo, que não deixará de afectar o crescimento económico do país.
Sem crescimento económico o pagamento da dívida externa poderá ficar comprometido e o fim da recessão será uma miragem.
Defendem os grandes empresários, as associações patronais, partidos políticos de direita e alguns economistas que a redução da TSU permitirá resolver os problemas de competitividade do país, mas parecem pouco interessados com o impacto que esta medida poderá provocar não só na sustentabilidade do sistema social, mas também na degradação do poder de compra dos consumidores como consequência do provável aumento da da taxa do IVA.
Sobre os ganhos na competitividade, é curioso observar um exemplo apresentado por Basílio Horta. Diz ele: "se uma empresa tiver custos com o pessoal de 30% sobre os seus custos, então uma redução da TSU de 4 pontos percentuais significa uma redução total de custos de 1,2%. É bom, mas não é transformativo . Gastam-se demasiadas munições para tão pouco efeito".
Quem é que acredita que o montante resultante de uma menor contribuição seria reinvestido nas próprias empresas? Só por ingenuidade se pode acreditar nisso. O mais provável seria a redução da TSU acabar por se traduzir num mero aumento de lucros de empresas.
O Pai do Bicho tem a convicção que é possível garantir maior competitividade às empresas, se os empresários reduzirem o montante destinado à distribuição de lucros e cortarem despesas nos prémios, remunerações, frota automóvel, despesas de representação, ajudas de custo, etc... Não tenhamos ilusões. Os defensores da redução da TSU, não querem abdicar dos seus privilégios e mais uma vez pretendem que sejam os mais pobres e a classe média a suportar os sacrifícios necessários para ultrapassarmos esta terrível situação.
O bem-estar de poucos não deve ser conseguido à custa de sacrifícios infligidos a uma maioria já demasiado penalizada.
Como é sabido, a população portuguesa está a envelhecer e o progressivo aumento da relação do número de pensionistas por trabalhadores é preocupante porque pode comprometer o futuro da sustentabilidade do sistema da segurança social. Daí que não seja difícil prever que a aplicação da anunciada medida possa provocar o descalabro dos cofres da Segurança Social, a menos que se onere a carga fiscal noutros impostos que compensarão a perda de receita da TSU.
Nesse sentido há quem aponte um aumento na taxa do IVA.
Ora sendo este um imposto sobre o consumo, os portugueses perderão poder de compra que se reflectirá num menor consumo, que não deixará de afectar o crescimento económico do país.
Sem crescimento económico o pagamento da dívida externa poderá ficar comprometido e o fim da recessão será uma miragem.
Defendem os grandes empresários, as associações patronais, partidos políticos de direita e alguns economistas que a redução da TSU permitirá resolver os problemas de competitividade do país, mas parecem pouco interessados com o impacto que esta medida poderá provocar não só na sustentabilidade do sistema social, mas também na degradação do poder de compra dos consumidores como consequência do provável aumento da da taxa do IVA.
Sobre os ganhos na competitividade, é curioso observar um exemplo apresentado por Basílio Horta. Diz ele: "se uma empresa tiver custos com o pessoal de 30% sobre os seus custos, então uma redução da TSU de 4 pontos percentuais significa uma redução total de custos de 1,2%. É bom, mas não é transformativo . Gastam-se demasiadas munições para tão pouco efeito".
Quem é que acredita que o montante resultante de uma menor contribuição seria reinvestido nas próprias empresas? Só por ingenuidade se pode acreditar nisso. O mais provável seria a redução da TSU acabar por se traduzir num mero aumento de lucros de empresas.
O Pai do Bicho tem a convicção que é possível garantir maior competitividade às empresas, se os empresários reduzirem o montante destinado à distribuição de lucros e cortarem despesas nos prémios, remunerações, frota automóvel, despesas de representação, ajudas de custo, etc... Não tenhamos ilusões. Os defensores da redução da TSU, não querem abdicar dos seus privilégios e mais uma vez pretendem que sejam os mais pobres e a classe média a suportar os sacrifícios necessários para ultrapassarmos esta terrível situação.
O bem-estar de poucos não deve ser conseguido à custa de sacrifícios infligidos a uma maioria já demasiado penalizada.
Esta opinião do Pai do Bicho negligencia a acta que foi assinada com a "troika", por desconhecer se existe imposição ou apenas uma orientação sobre esta matéria por parte do triunvirato.
Seja como for, o Pai do Bicho crê que os partidos políticos que se comprometeram com a aplicação das medidas preconizadas pelo FMI/BCE/CE, gozarão de alguma flexibilidade para aplicarem outras soluções desde que produzam os mesmos efeitos.
1 comentário:
Em Julho de 2010 passei pelo seu blog por casualidade e afixei um comentário sobre o Post de 7 de Outubro de 2009, PIOLHOS - CUIDADO COM ELES!
Nessa altura, em conversa com uma pessoa conhecida, esta me confessou que fez parte da mocidade portuguesa e que as crianças eram apelidados de "piolhos verdes". E foi por isto que vim encontrar o se blog Paidobicho e que desde aí o tenho visitado porque me diz qualquer coisa sobre questões que diz respeito aos trabalhores, ao povo e ao País. E, já agora, permita-me que divulgue o Blog O CASTENDO, de António Vilarigues. Seu pai Sérgio Vilarigues e sua mãe Maria Alda Nogueira passaram pelas prisões fascistas de Salazar e Caetano.
Com os minhas saudações democráticas
António Carvalho
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