Considerada por muitos o "presépio" da Beira, a aldeia de Penha Garcia situa-se na encosta meridional da serra com o mesmo nome, com a barragem, o vale e as azenhas aos pés e, tendo a Norte a Serra de Malcata, a Este a Serra da Gata (em Espanha), a Sul a planura interrompida pela imponente colina de Monsanto, e a oeste a Serra da Estrela.Trata-se de uma povoação muito antiga, com povoamento neolítico, foi castro Lusitano e povoação Romana. Depois da Reconquista, D. Afonso III atribui-lhe foral e doa Penha Garcia à Ordem de Santiago para que esta efectuasse a fortificação da zona. Tal não veio a acontecer e D. Dinis retira-se dessa ordem a favor da Ordem do Templo e posteriormente, para a Ordem de Cristo. Foi couto do reino até ao séc. XVIII e sede de concelho até 6 de Novembro de 1836.Das antigas construções restam ainda a Igreja Matrize o Pelourinho.Esta aldeia em pedra desenvolve-se por ruas estreitas e becos, por pequenos pátios e escadinhas e por entre casas de pedra pode subir-se ao Castelode onde se avista o deslumbrante vale encaixado do rio Pônsul,com o seu famoso conjunto de antigos moinhos.Ambiente de grande exotismo, onde a Natureza caprichou, pondo a descoberto interessantes exemplares raros de fósseis.As ruas labirínticas compostas por pequenas casas de xisto estão cobertas de flores.As autoridades locais efectuaram aqui um excelente trabalho.Recuperaram os moinhos tradicionais, que funcionam e onde se pode ficar a dormir,marcaram caminhos por entre o curso do rio, com pequenas pontes de madeira, canteiros, mesas de quartzito para quem quiser merendar,uma casa para mostra de fosseis (que proliferam ali) e até uma piscina natural. Como se vê, não faltam razões para uma visita a Penha Garcia.
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