A vila de Penamacor situa-se no distrito de Castelo Branco, sendo limitada a norte pelo município do Sabugal, a leste pela fronteira espanhola, a sul por Idanha-a-Nova e a ocidente pelo Fundão. Esta vila fronteiriça, situada a uma altitude de 550 metros, ocupa uma área de 555 quilómetros quadrados, tem cerca de 7000 habitantes e foi disputada por romanos, visigodos e mouros.Ainda se podem admirar as muralhas do castelo mandadas edificar por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, no século XII.
Entre as várias igrejas existentes em Penamacor é a Igreja da Misericórdia, construída no século XVI, com um belo portal manuelino encimado por esferas armilares, que constitui o principal orgulho da vila.
A Domus Municipalis, tem uma porta de entrada para o cimo de vila, é contígua ao conjunto de muralhas, que se encontram em razoável estado de conservação. Na fachada voltada para as cercanias, podem ver-se duas harmoniosas janelas e entre elas o brasão de armas de Penamacor, com as esferas de D. Manuel I.Encostada à muralha medieval existe uma torre, cuja construção remonta, provavelmente ao início do séc. XIV.
As actuais ameias e campanário são fruto da reconstrução operada em meados do séc. XX para receber o novo relógio carrilhão instalado em 1956, em substituição do velho relógio que já vinha do séc. XIX.
Junto à antiga porta de entrada da Cidadela, do lado exterior à cerca, pode ver-se um pelourinho num espaço que foi inicialmente Praça Pública, onde se efectuavam todo tipo de vendas, sendo mais tarde, convertido em cemitério, que foi extinto em 1857.A torre de menagem, que foi recuperada e restaurada é tudo o que resta da alcáçova de um dos mais poderosos castelos da Beira. Nas suas tranquilas ruas podem ver-se casas típicas da região, construídas em pedra.
O artesanato local inclui bordados e rendas pregadas em linho e mantas de trapos tecidas no tear.Quanto à gastronomia, destacam-se os pratos de caça, como uma deliciosa receita de coelho bravo.
Penamacor é também sede da Reserva Natural da Serra da Malcata, que abriga espécies como o lobo e a lontra numa área selvagem e densamente arborizada de cerca de 20 quilómetros quadrados, mas é sobretudo conhecida por ser um dos últimos refúgios do quase extinto lince ibérico.
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