domingo, 30 de janeiro de 2011
PENINHA - espectáculo deslumbrante
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
OUTRA GENTE, OUTROS TEMPOS
O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.
Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
LUSÍADAS (versão séc.XXI)
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se de quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!
II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas...
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!
III
Falam da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano...
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.
IV
E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!
(Fonte: mail de C. Teixeira)Como é óbvio, o Pai do Bicho não pretendeu denegrir a grandiosa obra de Luís Vaz de Camões e espera que este escrito não o inquiete ao ponto de ficar a dar voltas no interior do túmulo.
domingo, 23 de janeiro de 2011
PROVA DE SUPERAÇÃO DO FRIO
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
CAVACO SILVA, o BPN e as ELEIÇÕES
Não será preciso ter muita imaginação para relacionar esta caricatura com os milhões que foram subtraídos aos portugueses para pagar os danos causados ao BPN por alguns gestores que, alegadamente, terão enriquecido ilicitamente.
Esses gestores pertencem ao circulo de amigos do actual Presidente da República, Cavaco Silva.
Segundo a imprensa, Aníbal Cavaco Silva terá concretizado com estes seus amigos alguns negócios no mínimo duvidosos, como são os casos das mais valias desproporcionadas que realizou com acções da SLN e a aquisição de uma moradia no Algarve, com algumas irregularidades nos registos e no âmbito fiscal.
Diz o povo: "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és", e este tipo de adágios populares raramente se enganam.
Se não querem ser enganados, quando no próximo domingo exercerem o vosso direito de voto lembrem-se de "Cavaco e seus muchachos" e votem em conformidade.
PS - O Pai do Bicho não é, não quer, nem tem que ser isento, até porque "quem não se sente não é filho de boa gente".
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
PROSTITUIÇÃO DA IMPRENSA
Estes homens nada tinham em comum para além do facto de serem ambos cidadãos portugueses.
Vítor Alves faleceu em 9 de Janeiro passado após doença prolongada.
Carlos Castro foi barbaramente assassinado no dia 7 do mesmo mês.
O militar foi figura destacada no Movimento das Forças Armadas que libertou os portugueses do regime ditatorial e participou activamente na consolidação da democracia, quer na esfera castrense, quer a nível governativo e até como cidadão.
Carlos Castro foi essencialmente cronista social, vendendo o seu trabalho a revistas cor de rosa, que apenas alimentam mentes fúteis com "fofocas" desinteressantes.
Mas, pasme-se! Não é que a imprensa dedicou rios de tinta e palavreado enfadonho à morte e cerimónia fúnebre de Carlos Castro, enquanto o falecimento do Coronel Vítor Alves mereceu tratamento jornalístico quase insignificante?
Esta desproporção foi, no mínimo, chocante. Mas foi esclarecedora.
A figura pública menor, o cronista, fazia vender jornais e gerava audiências na TV. O falecimento do Coronel Vítor Alves só interessaria a uma faixa de população menos emotiva, mas melhor informada, que não inclui a "fofoquice" no seu cardápio de interesses.
Esta discrepância no tratamento de duas notícias, uma relativamente a um autor de peças jornalísticas vazias de conteúdo e outra referente a uma personalidade a quem o país muito ficou a dever, revela no mínimo que a imprensa também se prostitui.
sábado, 15 de janeiro de 2011
JOSÉ RÉGIO premonitório
Ei-lo:
Soneto quase inédito
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
JOSÉ RÉGIO
Soneto escrito em 1969.
A tradição ainda é o que era!!!
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
D. MARIA I e A MALDIÇÃO DO SETE
Convido-os a ler...
A HISTÓRIA
D. Maria I nasceu princesa e acabou rainha "possuída pelo demónio". De piedosa a louca foi a sua sina.
Teve uma vida conturbada vivida com o terrível terramoto de 1755, passando pelo atentado a seu pai D. José I e a morte do seu filho primogénito. Horrorizada, assistiu à cruel execução dos Távoras e, aterrorizada, ficou a saber da decapitação na guilhotina dos reis de França.
A ESTÓRIA
Corria o ano de 1777 e ouvidas as 7 badaladas na torre da capela frente aos seus aposentos, naquele dia 7 de Julho, a Rainha foi confessar-se.
7 "Avé-Marias" e 7 "Padre-Nossos" não foram suficientes para lhe quebrantar os "calores" que eram tantos... que passou aquele longo dia na capela.
Chegada a hora das Trindades, mais 7 badaladas... agora já faziam prever o aproximar de tão desejada noite.
Vestida a rigor, com um corpete justo de decote generoso a saltarem-lhes os seios e vestidas as 7 saias do mais fino brocado, não continha a ansiedade.
Mal caiu a noite, sob o Sete-Estrelo, entrou na Matinha pelo portão junto aos jardins do Palácio de Queluz e acompanhada por 7 aias seguiu a íngreme calçada até um outro portão.
Com ela levava 7 laranjinhas doces para oferecer ao seu amante, um dos 7, com quem costuma encontrar-se.
Mal ela adivinhava, o Rei acompanhado de 7 pajens tinha-lhe montado uma emboscada junto ao tal portão, onde foram apanhados em pecado de adultério.
Como castigo, a Rainha foi enviada para o isolamento na Quinta Nova, frente ao Palácio.
Pior sorte teve o seu amante... depois de levar 7 punhaladas foi emparedado, ainda vivo, no muro que foi de imediato erguido para fechar de vez o maldito portão.
Ainda lá está o GRANDE SETE que o Rei escreveu.
Hoje, por vezes, esgueiram-se 7 salamandras e já foram vistas 7 bruxas a rondar o local.
Diz-se que todas as noites 7 de Julho aparece o fantasma da Rainha e se ouve gemer no interior do muro.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
O CORONEL VITOR ALVES E O ESPÍRITO DE ABRIL
O país ficou mais pobre.
Vítor Alves foi um distinto "Capitão de Abril" que muito arriscou para que a democracia vigorasse em Portugal, pautando a sua actuação pela descrição, firmeza, elegância e moderação.
Nos tempos que correm, devido às profundas transformações sociais e económicas que nas últimas décadas vêm fustigando o nosso país, fará sentido interrogarmo-nos onde pára o espírito da "Revolução de Abril"?
A História encarregar-se-á de manter na galeria das personalidades mais ilustres, aqueles capitães que devolveram a liberdade e a dignidade ao povo português.
A melhor homenagem que os portugueses poderão prestar aos homens que "fizeram Abril", passará pela capacidade que demonstrarmos para ultrapassar a actual crise, crescendo economicamente para manter a soberania e promover a justiça social.
Vamos conseguir!
Ver aqui a biografia do Coronel Vítor Alves