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QUELUZ TAMBÉM TEM HISTÓRIA
O espaço onde outrora existiu uma enorme tapada, encontra-se actualmente preenchido pelo Palácio Nacional de Queluz, um parque urbano, o bairro Conde Almeida Araújo, um quartel, a pousada D. Maria I, o Palacete de Pombal, o Casal dos Afonsos e a Matinha de Queluz. Este rico património constituiu, só por si, motivação suficiente para aí realizarmos o nosso primeiro passeio de 2011.
Depois de reunirmos o grupo de 21 elementos aos pés da estátua de D. Maria I,
iniciámos o passeio matinal observando o canal dos azulejos no interior dos jardins do Palácio Nacional de Queluz.
Prosseguimos pelo parque urbano,
cujo excelente estado de conservação merece particular destaque,
e a ribeira do Jamor, que o atravessa, constitui um agradável espaço de lazer para uma família de patos.
Ao abandonarmos o parque urbano não pudemos deixar de reparar numa velha azenha que aproveitava o curso das águas da ribeira já referida.
De seguida entrámos no Bairro Conde Almeida Araújo, também designado por Bairro do Chinelo, já que a maior parte dos residentes eram artífices e um deles tinha uma oficina de chinelos. A construção deste bairro teve como finalidade alojar os empregados da família real.
Consta que em 1957, a rainha de Inglaterra veio a Queluz. Salazar queria uma recepção maravilhosa, onde tudo parecesse perfeito. A rainha Isabel seria recebida no largo do Palácio de Queluz. Mas infelizmente para o ditador, em frente do Palácio ficava o Bairro Almeida Araújo. Nesses tempos, este bairro era considerado um ponto negativo da, antigamente considerada, aldeia de Queluz. Por conseguinte, plantaram árvores, construíram muros e outros obstáculos para evitar a visualização do Bairro, por parte da Rainha.
À saída do Bairro do Chinelo deparámos com um majestoso chafariz, de extrema utilidade para a população local, na época em que a água canalizada estava longe de se banalizar.
Depois de atravessarmos o IC19 através da ponte pedonal,
prosseguimos a caminhada na Matinha de Queluz,
que possui entre as inúmeras espécies arbóreas espontâneas um povoamento relíquia de sobreiros e outra vegetação natural, sendo entendida, no meio científico, como uma potencial reserva genética.
Chegada a hora do habitual e necessário aconchego estomacal,
nem sequer faltou o "tinto da Serra da Estrela" gentilmente oferecido pelo João Ramos
e uma bola bem recheada com bacom, superiormente confeccionada pela Zé Nascimento.
De "papinho cheio" continuámos através de caminhos rodeados de densa arborização
e aproveitámos uma clareira, que os raios solares iluminavam na sua plenitude, para darmos as boas vindas aos estreantes Luís, Célia, Paula, Irene II*, Irene III*, Eduardo e Elvira.
Depois de ultrapassarmos uma curiosa árvore com troncos múltiplos,
aproximámo-nos da saída desta tapada, que constitui um espaço onde nos séculos XVIII e XIX a família real promoveu caçadas e actividades lúdicas e, actualmente, possui elevado potencial para actividades de recreio e lazer, que merece ser fruído pela população.
Ainda não tinham batido as 12 badaladas no relógio da torre da pousada D. Maria I, já o grupo dava por concluído um agradável passeio com cerca de 9 kms., em que S. Pedro decidiu colaborar oferecendo uma manhã isenta de chuva e com temperatura amena.
O passeio matinal "morreu" no local onde "nascera" - o Palácio Nacional de Queluz. Esta edificação foi mandada construir por D. Pedro de Bragança, irmão de D. José I em 1747, para ser utilizado pela família real como recanto de Verão. Serviu também como um discreto lugar de encarceramento para a rainha Maria I enquanto a sua loucura foi piorando. Após o incêndio que atingiu o Palácio da Ajuda em 1794, o Palácio de Queluz tornou-se a residência oficial do príncipe regente português, o futuro D. João VI, e de sua família. Permaneceu assim até à fuga da família real para o Brasil em 1807, devido à invasão francesa em Portugal. A partir de 1826, o palácio deixou de ser o predilecto pelos soberanos portugueses. Após um grave incêndio em 1934, que destruiu o seu interior, o Palácio foi restaurado e hoje está aberto ao público como um ponto turístico. Uma das alas do Palácio de Queluz, o Pavilhão de Dona Maria, é hoje um quarto de hóspedes exclusivo para Chefes de Estado estrangeiros em visita a Portugal.
* - Hoje "debutaram" as Irenes II e III. A Irene I já faz parte do grupo há inúmeros passeios, mas hoje esteve ausente.
1 comentário:
Sugiro que para a próxima visitem ainda a Quinta Nova de Queluz, a Pastelaria Marianita (pasteis de nata) e os Fofos de Belas.
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