A chuva que caiu durante a madrugada de domingo na região de Sintra desmobilizou alguns dos habituais caminheiros, que não marcaram presença no passeio matinal. Não foi o caso do Rui e da Teresa que vieram expressamente da Póvoa de Santa Iria para se juntarem ao nosso grupo. Eles são "fixes".Não obstante esta suspensão pontual da Primavera, às nove horas, em Monserrate, começou a travessia de leste a poente da Serra de Sintra.Mal tínhamos saído de Monserrate deparámos com um reservatório natural de água que se destina ao apoio de combate a incêndios, que reflecte o denso arvoredo contíguo como se de um espelho se tratasse.A verdejante mata foi presença constante,escondendo por vezes no seu interior algumas quintas que muitos não desdenhariam possuir.Foi no parque de merendas da Peninha que fizemos uma curta pausa para aconchego estomacale uns passos adiante o grupo mostrou os seus dotes fotogénicos.Algumas pedras sobrepostas fizeram trabalhar algumas mentes pecaminosas, imaginando situações cuja descrição se recomenda omitir.Finalmente atingimos o Santuário da Peninha, cujo palácio foi mandado erigir em 1918 por António Carvalho Monteiro para sua habitação, mas que não chegou a usar. Foi também este senhor que mandou construir a Quinta da Regaleira.Subindo uma enorme escadaria até ao miradouro do palácio, desfrutámos da observação de uma vista circundante espectacular. Ao nosso alcance visual passámos a ter o areal do Guincho e o Cabo Raso,o casario da Praia das Maçãs com a Ericeira em segundo plano.Como o céu não estava completamente limpo não foi possível alcançar visualmente o Cabo Espichel e contentámo-nos com o Cabo da Roca que, geograficamente, é considerado o ponto mais ocidental da Europa.Sob o morro onde se ergue o palácio, localiza-se a Ermida de S. Saturnino, que foi durante muitos anos local de peregrinação e cuja antiguidade remonta à Fundação de Portugal .Depois de uma breve visita ao local que assinala a morte de duas dezenas e meia de militares do Regimento de Artilharia de Queluz, quando no ano de 1966 combatiam um incêndio que devastou a Serra de Sintra,prosseguimos a nossa marcha em direcção a Monserrate.Quando se pensava que o convívio tinha terminado, o "Clã Morais", teve um gesto de simpatia, como é seu apanágio, oferecendo a todos uma deliciosa bola de chouriço, regada com licor de frutas e "tintol" (mesmo de uvas).Foi uma boa compensação para o desgaste físico dispendido a percorrer 15 kms. durante cerca de 4 horas.E pronto. Afinal a Primavera apenas tinha sido suspensa durante a noite e o bom tempo que se fez sentir, acabou por premiar aqueles que se dispuseram a participar neste passeio matinal superiormente orientado pelo Luís Morais, onde o salutar convívio foi nota dominante desde que saímos e até chegarmos a Monserrate.
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