terça-feira, 1 de junho de 2010

OS FESTIVAIS E A CRISE

No passado domingo estiveram presentes cerca de 40.000 espectadores no Estádio Nacional a assistir a um concerto de apoio à Selecção Nacional, que vai disputar o Mundial de Futebol. O preço dos bilhetes variava entre os 35 e os 50 euros.
No mesmo dia terminou em Lisboa o Rock In Rio que contou com mais de 350.000 espectadores nos cinco dias de duração do festival. O ingresso mais barato estava fixado em 58 euros.
A clientela destes dois espectáculos, maioritariamente composta de adolescentes, revelou capacidade financeira para suportar o elevado preço dos bilhetes, levando o Pai do Bicho a imaginar que tudo isto acontecia num país de economia próspera e finanças equilibradas. Pura ilusão!
No dia seguinte retomaram-se os sinais da crise em que o país se encontra mergulhado, restando a consolação de que, pelo menos estas centenas de milhares que assistiram aos dois festivais conseguem superar os efeitos deste período difícil. Ou será que esta gente se sente feliz por viver acima das suas possibilidades? Se assim é, não lhes assiste o direito moral de invocarem a crise.
Pegando neste assunto por outra vertente, parece excessiva a catadupa de importação de espectáculos musicais de bandas rock e afins que esgotam Coliseus, estádios, pavilhões e a Bela Vista , pelo que representa de saída de fundos em tempo de penúria financeira de um país pobre.
Quantos automóveis da Auto Europa será necessário exportar para compensar os custos de um só espectáculo dos U2, Black Eyed Peas, Ivete Sangalo, Elton John, Rammstein, Shakira, etc...?
Continuamos assim "POBRETES MAS ALEGRETES".

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