domingo, 17 de janeiro de 2010

DE COLARES À ADRAGA

Apesar do cinzento celeste, não choveu durante o passeio que realizámos esta manhã a partir de Colares e, para iniciar uma caminhada, que haveria de perfazer cerca de 10 kms., nada melhor que uma estrada de asfalto,evitando-se assim eventuais lamaçais resultantes deste prolongado ciclo de chuva, cujos vestígios são bem evidenciados nos alagados campos por onde passámos.Depois de percorrido um curto caminho entre canaviais,surgiu uma longa descida em piso de areiae até foi necessária uma mão amiga para auxiliar na travessia de uma ribeira.Entre dois enormes montes esperava-nos a Praia da Adraga.Junto à imponente Pedra de Alvidrar - que no tempo dos romanos era usada como o local para julgamento de onde se atiravam os acusados de crimes, que no caso de sobreviverem eram considerados inocentes; caso contrário, seriam dados como culpados - verificámos que apesar da baixa mar, o mar estava demasiado subido.Dadas as circunstâncias, não foi possível realizarmos a programada visita à Gruta que está sob a Pedra de Alvidrar, mas houve quem tentasse...E até quem procurasse soluções mais arrojadas.Para o habitual aconchego estomacal foi escolhido um agradável local junto à praia,que até dispõe de um restaurante, onde a Filipa, Esmeralda e João tomaram a "bica da ordem".
Antes de abandonarmos a Praia da Adraga ainda deu para observar a erosão no areal provocada pelo enorme caudal do leito da ribeira que ali se encontra com o mar.Depois de vencida uma difícil subida em piso de areia,alcançámos o alto das falésias,que abruptamente se despenham nas águas azuis bordejadas pela espuma branca do Atlântico.O fascínio das paisagens transmitiu-nos a força necessária para ultrapassarmos os desafios que o percurso acidentado nos ia obrigandoe, à semelhança passeios anteriores, um marco geodésico serviu de ponto de reunião dos 15 caminheiros.Ao longe já se divisava a Praia Grande em todo o seu esplendor,em cujas lajes verticais se reconhecem as impressões de pegadas de dinossauros, com cerca de 110 a 115 milhões de anos, situadas a 50 metros do areal.Até Colares, onde chegaríamos cerca das 12h30, o caminho era agora mais fácil e até deu para colher espinafres selvagens.Após uma ausência forçada no último passeio, devido a uma inconveniente gripe, foi bom contar com a presença do Bruno Morais.Lembrando que na próxima semana há mais, destaca-se a presença da Eugénia II e da Filipa que, para estreantes nestas andanças, tiveram uma prestação muito meritória.





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