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A VER A BANDA PASSAR
A manhã de hoje foi esplêndida!
O céu estava limpo e o calor que se fazia sentir não chegou a incomodar o grupo de quinze caminheiros que se concentrou pelas 08h30 no parque de estacionamento
entre a estação fluvial de Belém
e o Museu de Electricidade, que outrora foi uma central térmica, que a partir de carvão, produzia electricidade para a cidade de Lisboa.
Quem visitar este museu pode apreciar vetusta maquinaria em exposição permanente e uma exposição de carácter temporário patente no local.
Ao iniciarmos o passeio matinal, o Cristo Rei parecia envergonhado ao esconder-se por detrás de um dos pilares da Ponte 25 de Abril.
Já em Alcântara passámos pela gare marítima, onde entre os anos 60 e até 1974 embarcaram centenas de milhares de militares para a famigerada guerra colonial.
As famosas docas também fizeram parte do nosso itinerário e ainda era visível o lixo espalhado pelos jovens noctívagos.
Passámos depois pelo Museu da Cordoaria Nacional, que neste momento oferece aos visitantes uma exposição sobre os 100 anos de República.
Percorrendo o Passeio Amália Rodrigues,
avistámos um "cacilheiro" que procurava bom porto
e o Cristo Rei, agora menos tímido, ombreava com a Ponte 25 de Abril.
Junto ao Monumentos dos Descobrimentos,
o grupo parecia motivado para descobrir novas rotas olhando o planisfério aberto a seus pés.
A caminhada lá prosseguiu
sob o olhar atento de uma junta de bovinos estilo naif
e um farol que em tempos idos já teve alguma utilidade.
Chegados a Pedrouços apreciámos o Monumento aos Combatentes no Ultramar e um extenso muro onde figuram nomes de militares que tombaram em combate.
Os combatentes têm também direito a um museu, nas instalações onde funcionaram os serviços postais militares (spm) durante a guerra colonial.
E como a guerra há muito terminou, o grupo quis demonstrar que os canhões só têm utilidade histórica para além de servirem como adereço para as fotos.
Próximo da majestosa Torre de Belém,
a réplica de um hidroavião assinala o local de onde Gago Coutinho e Sacadura Cabral partiram para a travessia do Atlântico no início do séc. XX.
Mais um museu se entrepôs no nosso caminho. Desta vez é (era) o de Arte Popular que lamentavelmente se encontra desactivado. Este edifício fez parte de um conjunto de infra-estruturas que compunham a Exposição do Mundo Português - um evento promovido pelo Estado Novo em 1940, para mostrar ao mundo a grandeza do nosso (dito) Império.
Seguiu-se o Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir por D. Manuel I no séc. XV.
Decorridos quase 500 anos foi construído o Centro Cultural de Belém, que foi concebido originalmente para acolher a sede da presidência portuguesa da Comunidade Europeia e posteriormente para desenvolver actividades culturais.
Percorridos cerca de 8 kms. chegámos finalmente à Praça Afonso de Albuquerque e, em frente ao Palácio de Belém,
assistimos à cerimónia do render da guarda,
com a participação de militares apeados da Guarda Nacional Republicana,
um pelotão a cavalo,
e respectivas bandas de música; uma apeada
e outra a cavalo.
Para finalizar a cerimónia do render da guarda, a Charanga a Cavalo do Regimento de Cavalaria da GNR evoluiu tocando com singular qualidade vários trechos musicais, ao mesmo tempo que exibiram interessantes e difíceis coreografias sobre um relvado próximo do Palácio de Belém. De assinalar o facto deste pelotão a cavalo e que interpreta musica, ser único no mundo.
A assistência estava deliciada com o espectáculo. Enquanto uns permaneciam de pé,
outros assistiam sentados em simples bancos de jardim;
os mais descontraídos permaneceram deitados de bruços
e até um canídeo assistiu atento e requintadamente às manobras a partir da janela da sua residência.
Terminado o espectáculo despedimo-nos do Afonso de Albuquerque
e encaminhámo-nos para o parque de estacionamento junto ao Museu de Electricidade a fim de retomarmos as viaturas para o regresso a casa, pois o almoço estava à espera. Como balanço desta agradável manhã podemos registar que realizámos um suave passeio à beira mar, em que o calor não chegou a incomodar, as paisagens "encheram o olho", os monumentos, foram um "fartote", a cerimónia do render da guarda deixou-nos rendidos à sua imponência e qualidade. Assinale-se também que o convívio foi muito saudável.
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