quarta-feira, 18 de novembro de 2009

BELMONTE - Aldeias Históricas (II)

Dando sequência à descrição ilustrada de algumas aldeias históricas de Portugal iniciadas com a Vila de Almeida, em 21 de Outubro passado, o Pai do Bicho dedica hoje algum espaço a Belmonte.Situada na chamada Cova da Beira, na margem esquerda do rio Zêzere encontra-se a terra onde nasceu Pedro Álvares Cabral. Esta vila ganhou particular notoriedade após a descoberta do Brasil.Segundo a tradição, o seu nome advém do lugar onde está edificada (monte belo ou belo monte). As primeiras referências à vila estão associadas à história do grande concelho da Covilhã, com foral de 1186, mas depressa obteve foral próprio de D. Sancho I, em 1199.A vida de Belmonte ficou ligada desde o séc. XIII à presença duma forte colónia judaica, cujo número foi reforçado entre 1492 e 1496 devido à expulsão dos judeus pelos Reis Católicos de Espanha. Esta comunidade contribuiu decisivamente para o progresso desta vila, que dispõe de um museu do azeite e desde 2005 conta com o primeiro museu judaico português.O pelourinho de Belmonte está situado na Praça da República, praça essa delimitada por dois edifícios, um dos quais a antiga Casa da Câmara com uma pequena torre sineira quadrangular e uma janela manuelina.As suas ruasconduzem ao alto de um monte onde se ergue o antigo castelo e torre de menage.Em frente ao castelo existe um conjunto formado por duas capelas, a do Calvário e a de Santo António. Nesta última encontra-se um brasão das famílias Queiroz, Gouveia e Cabral.A igreja de São Tiago é um templo românico do século XIII que foi sofrendo alterações. No século XIV é construída a Capela de Nossa Senhora da Piedade, formando um interessante conjunto gótico. Em finais do século XV é-lhe anexado o Panteão dos Cabrais, restaurado no século XVII, onde hoje estão depositadas as cinzas de Pedro Álvares Cabral. No século XVIII, a sua fachada é remodelada e a torre sineira erigida.Belmonte foi classificada em 2003 como Aldeia Histórica.

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