segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ENTRE O VALE DO JAMOR E O TEJO

O Vale do Jamor acolhe o sonho da construção de um Centro Desportivo em Portugal. Este lugar contempla o desporto de lazer e o desporto de alto rendimento.
Trata-se de um parque, sem luxo, com relvados frescos e árvores copadas, onde população pode brincar, praticar desporto, tomar ar puro e divertir-se em íntimo convívio com a natureza.
Integrado neste complexo desportivo, o Estádio Nacional foi inaugurado em 1944 e contou com a presença de 50.000 espectadores e 12.000 praticantes, das mais diversas modalidades desportivas.A sua concepção foi inspirada na linha dos grandes símbolos desportivos internacionais existentes em países com regimes autocratas.É uma análise redutora concluir-se que o Complexo Desportivo do Jamor serve apenas para dois eventos anuais: a final da Taça de Portugal de Futebol e o Estoril Open. Este esplêndido local foi eleito no último domingo para o habitual passeio semanal dos
CAMINHEIROS MONTE DA LUA.Para início da caminhada subimos a escadaria contígua à bancada norte do Estádio Nacionale visitámos a sua tribuna de honra.Penetrando na matadirigimo-nos à ermida de Nossa Senhora da Boa Viagem, que está situada no extremo sul do Alto do Esteiro.Esta capela com alpendre anexo, foi construída nos anos 40 do século passado e restaurada em 2006. Tem a fachada principal revestida a azulejo de figura avulsa dos sécs. XVII e XVIII.Do miradouro frontal à capela contemplámos uma panorâmica do Tejo, com Algés e o Cristo-Rei a montante,Trafaria e Cova do Vapor em frente,a Torre do Bugio a assinalar a foz do rioe a Costa do Estoril a fechar o nosso ângulo de visão.Frente ao Alto do Esteiro divisámos o Alto do Reduto Sul onde foi construído o Forte de Caxias que durante o Estado Novo foi utilizado como "SPA" para aqueles que ficavam cativos por se oporem ao regime salazarista.Seguimos depois em direcção ao marco geodésico do Esteiro, cujas linhas fazem lembrar um foguetão. Esta edificação em conjunto com o Farol da Gibalta e o Farol do Esteiro, define o enfiamento da Grande Barra do Tejo - importante função para a navegação marítima no porto de Lisboa.Passámos então pelo farol do Esteiro, que entrou em funcionamento em Maio de 1914. Tem uma torre com 15 metros de altura. e esteve apagado entre Março de 1916 e Dezembro de 1918 devido à 1ª grande guerra.Prosseguindo a nossa marchapercorremos a estrada marginal em direcção a Caxias alguns metros acima da linha férrea que serpenteia os contornos do Tejo.Regressando à Cruz Quebrada através do passeio ribeirinho,cruzámos o Farol da Gibalta, com 13 metros de altura, que existe no velho mirante de Caxias desde Março de 1914.Chegados ao Vale do Jamor, atravessámos um esplêndido parque urbano que dispõe de um mini golfe, uma pista de canoageme um espaço com equipamento para a prática de exercício físico.Numa rota paralela a este parque urbano, o rio Jamor parece reclamar urgente requalificação.Depois de passarmos por um moderno complexo de courts de ténis cobertos,pausámos nas bancadas do campo de ténis onde anualmente ocorre o Estoril Open, para o necessário aconchego estomacal.No recomeço da caminhada subimos a colina que acede a Linda-a-Velha passando por uma curiosa edificaçãoe uma zona residencial de sumptuosas moradiascom vista privilegiada.Já em plena mata encontrámos um parque com equipamento para a prática de desportos radicais e o Luís Morais não resistiu ao apelo de se exercitar,contagiando o João Pereira,e, até a Luísa Trindade teve a ousadia de exibir a sua coragem.Depois do sucesso do momento circense e sem vítimas a registar, a caminhada aproximou-se do finale, com o relvados do Jamor à vista,seguiu-se a fase descendente da colina.Depois de 13 quilómetros percorridos num ambiente de sã camaradagem, foi tempo de cuidar dos músculos recorrendo a alguns exercícios de alongamentos. Foi mais uma manhã espectacular!

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