segunda-feira, 5 de abril de 2010

OS BÓNUS DA VERGONHA

No ano passado, o "euromilhões" passou em Portugal, distribuindo chorudas quantias por alguns gestores.
Assim, entre remunerações fixas e variáveis, António Mexia recebeu da EDP 3,1 milhões de euros; Manuel Ferreira de Oliveira recebeu 1,573 milhões de euros da GALP; Zeinal Bava recebeu 1,505 milhões de euros da PT; José Penedos recebeu 621 mil euros da REN...
É normal que os gestores aufiram remunerações acima da média e sejam premiados em função dos objectivos alcançados, mas os desproporcionados montantes atribuídos nestes casos, constituem uma indecorosa ofensa aos trabalhadores, pensionistas e desempregados do nosso país, que têm sido confrontados com os efeitos duma crise para a qual em nada contribuiram.
Num país em que as assimetrias sociais e económicas se vão acentuando, estes desproporcionados bónus atribuídos a alguns convivem com o congelamento de salários e pensões daqueles que têm que "contar tostões".
Quando as empresas em que o Estado têm participação usam os mesmos critérios que as empresas privadas utilizam são os contribuintes que estão a pagar com o seu esforço os prémios de que alguns privilegiados usufruem.
A ausência de vergonha chega ao ponto de vermos Mira Amaral a contestar a atribuição de remunerações deste nível.
Este ex-ministro da Indústria e Energia do Governo de Cavaco Silva disse que o Governo deveria limitar o valor dos salários, tendo em conta que o Estado é o defensor do interesse público e que os salários dos gestores são um «escândalo».
Os portugueses não estarão esquecidos que Mira Amaral trabalhou um ano e 9 meses para a Caixa Geral de Depósitos como Presidente. Saiu após este período com uma pensão de 18 mil euros.

Alega este senhor que, para ingressar na CGD abandonou as posições que tinha no sector privado (administrador do BPI, presidente de comissões executivas de dois banco do grupo e administrador não executivo em outras empresas), as quais eram profissional e financeiramente muito interessantes e compensadoras.
É este o verdadeiro custo que temos que pagar pelo trabalho de Mira Amaral durante esses 21 meses. Não interessa se a reforma foi negociada antes e que ele já teria direito a um valor similar pago pelo BPI. A questão é que a CGD (ou seja, os contribuintes) irão agora pagar este valor em troca do trabalho feito pelo Mira Amaral nesse curto período de tempo.
Ao que parece, Mira Amaral tem bitolas diferentes para avaliar casos próprios e alheios, ou talvez esteja arrependido por se ter reformado
"PORQUE ISTO AGORA É QUE ESTÁ A DAR"

1 comentário:

Páscoa disse...

Coitados!

Deixem lá as pessoas viver com aquilo que a sua imaginação e espertezas pródigas conseguiram!

Cambada de invejosos.Se precisaremde algum é só irem ter com eles que são uns mãos largas.

Se algum de nós estiver com fome (lagarto,lagarto,lagarto), basta ir ter com eles á hora de almoço aos Restaurantes tipo Solar dos Presuntos e pronto...refeiçãozinha garantida.Não pode é ser todos os dias.

Ah! E se algum de vocês, como eu, conhecer (eu conheço alguns daqueles traficantezinhos que calcorreiam a R.Augusta), pode oferecer-se para ir lá a casa entregar umas dosesitas e sempre vem mais umas gorjas.Vão por mim, sacam mas também dão...ó se dão...

Desculpa lá ó Zé, mas já não estou a bater bem da bola e não bebi nada.Se calhar foi por causa dos 4 de Liverpool.

Abraços

Páscoa