
“Fomos surpreendidos agora, cerca da uma hora com um fax do Ministério Público assinado pela senhora delegada do 1º juízo, a qual nos dá um prazo até às 15h30 para retirar o conteúdo do computador Magalhães”, explicou o autarca. Carlos Miguel acrescentou "que pela primeira vez após o 25 de Abril temos um acto de censura aos conteúdos do Carnaval de Torres", lamentou o autarca, precisando que “o que existe é uma sátira ao computador Magalhães com um autocolante que se pressupõe que seja o ecrã” do portátil e onde é visível uma pesquisa no Google com a palavra-chave "mulheres". Por isso, não entende o pedido para o retirarem do Carnaval e entregarem mais tarde ao tribunal judicial o autocolante.
No passado sábado, o "Pai do Bicho" passou por Torres Vedras e reparou que já se encontravam distribuídas por alguns locais estratégicos da cidade, algumas imagens alegóricas. Entre elas havia um "boneco" do Cristiano Ronaldo com um testículo a espreitar numa das pernas dos calções. Até agora o Ministério Público não obrigou a organização dos festejos a vestir umas calças de fato de treino ao melhor jogador do mundo, talvez receando sofrer as consequências de violentas reacções das fãs do CR7.
Relativamente ao "Magalhães" o assunto já é mais sério. Pois alguém ofendeu o filho mais novo de Sócrates, que além do mais é ilegítimo, porque segundo se diz, este projecto não é original na medida em que a ideia já fora experimentada noutros países, embora com outro nome de baptismo. O "Zézito" não concebeu a "criança", apenas a perfilhou. Não obstante, isto não retira mérito ao "Projecto Magalhães".

Decididamente o "Pai do Bicho" não aprecia o Carnaval, mas reconhece que a sátira faz parte dos festejos do Entrudo, devendo haver tolerância para alguns excessos no exercício da liberdade de expressão. A crítica não só é necessária mas sobretudo é indispensável numa democracia. Nestes tempos difíceis, os Portugueses precisam de se divertir. É uma boa terapia e não custa nada à segurança social.
O "Pai do Bicho" quer acreditar que o 1º. Ministro de Portugal é um democrata e este repugnante acto censório se fica a dever ao excesso de zelo de um "qualquer funcionário" que quis dar uso ao lápis azul que talvez o governo lhe tenha oferecido pelo Natal.
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