Morreu hoje um ícone da luta antifascista do nosso país.
Hermínio da Palma Inácio nasceu há 87 anos em Ferragudo, concelho de Lagoa, tendo passado a sua juventude em Tunes, no concelho de Silves.
Hermínio da Palma Inácio nasceu há 87 anos em Ferragudo, concelho de Lagoa, tendo passado a sua juventude em Tunes, no concelho de Silves.
Aos 18 anos, abandonou Tunes para se alistar voluntariamente na Aeronáutica Militar, sendo colocado na Base Aérea nº 1, em Sintra, onde tirou o curso de mecânico de aeronaves e o de piloto civil para aviação comercial. Nesta altura estabelece relações com Humberto Delgado e com os círculos contestatários a Salazar.
Amante da liberdade e resistente antifascista, Palma Inácio protagonizou algumas das mais rocambolescas acções de luta contra a Ditadura.
Em 1947, participa numa tentativa de golpe de Estado, onde o seu papel consistia em sabotar aviões, mas acabou por ser preso e encarcerado no Aljube, onde foi torturado durante doze dias sem nunca revelar o nome do chefe da operação..
Protagonizou também o primeiro desvio político de um avião, que haveria de fazer as manchetes internacionais, no dia 10 de Novembro de 1961, assaltando o avião da TAP que fazia o percurso de Casablanca para Lisboa e obrigando o piloto a sobrevoar Lisboa a baixa altitude para poder lançar panfletos antifascistas sobre a capital.
Mas foi o assalto ao Banco de Portugal da Figueira da Foz que acabou por ser considerado o maior golpe de que há memória nas finanças da ditadura. Para financiar a luta antifascista, o grupo de operacionais que acompanharam Palma Inácio, e que viriam a formar mais tarde a LUAR (Liga de Unidade e Acção Revolucionária), levaram na altura cerca de 30 mil contos, tendo fugido de avião até Vila do Bispo, de onde continuaram a fuga de carro primeiro para Espanha e depois para França.
Em Novembro de 1973 é de novo detido pela PIDE, depois de ter entrado clandestinamente em Portugal para mais uma operação. Toda a raiva da polícia política contra Palma Inácio desabou sobre ele na primeira noite, em que foi barbaramente espancado.
A 25 de Abril de 1974 a Revolução estava na rua e no dia seguinte chegou a ordem de libertação dos presos políticos. Contudo, Palma Inácio foi o último a sair, pois alguns militares recusavam ver o assalto da Figueira da Foz como uma operação política e resistiram à sua libertação.
Após a Revolução dos Cravos, Palma Inácio passou a ser militante do PS. Embora este partido estivesse por várias vezes no poder em Portugal, nem por isso ele tirou partido do seu passado revolucionário, aceitando cargos ou outras vantagens.
Amante da liberdade e resistente antifascista, Palma Inácio protagonizou algumas das mais rocambolescas acções de luta contra a Ditadura.
Em 1947, participa numa tentativa de golpe de Estado, onde o seu papel consistia em sabotar aviões, mas acabou por ser preso e encarcerado no Aljube, onde foi torturado durante doze dias sem nunca revelar o nome do chefe da operação..
Protagonizou também o primeiro desvio político de um avião, que haveria de fazer as manchetes internacionais, no dia 10 de Novembro de 1961, assaltando o avião da TAP que fazia o percurso de Casablanca para Lisboa e obrigando o piloto a sobrevoar Lisboa a baixa altitude para poder lançar panfletos antifascistas sobre a capital.
Mas foi o assalto ao Banco de Portugal da Figueira da Foz que acabou por ser considerado o maior golpe de que há memória nas finanças da ditadura. Para financiar a luta antifascista, o grupo de operacionais que acompanharam Palma Inácio, e que viriam a formar mais tarde a LUAR (Liga de Unidade e Acção Revolucionária), levaram na altura cerca de 30 mil contos, tendo fugido de avião até Vila do Bispo, de onde continuaram a fuga de carro primeiro para Espanha e depois para França.
Em Novembro de 1973 é de novo detido pela PIDE, depois de ter entrado clandestinamente em Portugal para mais uma operação. Toda a raiva da polícia política contra Palma Inácio desabou sobre ele na primeira noite, em que foi barbaramente espancado.
A 25 de Abril de 1974 a Revolução estava na rua e no dia seguinte chegou a ordem de libertação dos presos políticos. Contudo, Palma Inácio foi o último a sair, pois alguns militares recusavam ver o assalto da Figueira da Foz como uma operação política e resistiram à sua libertação.
Após a Revolução dos Cravos, Palma Inácio passou a ser militante do PS. Embora este partido estivesse por várias vezes no poder em Portugal, nem por isso ele tirou partido do seu passado revolucionário, aceitando cargos ou outras vantagens.
O "Pai do Bicho" rende a sua homenagem ao último(?) herói romântico de Portugal.
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