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COM O MAR À VISTA - DE CASCAIS A PAÇO DE ARCOS
Num fim de semana "xxl" em que muitos aproveitam para viajar até à sua terra natal, não se esperava grande afluência para o nosso passeio matinal. Não obstante, apareceram 12 caminheiros para participar na caminhada proposta, entre Cascais e Paço de Arcos.
Saindo do Monte Estoril cerca das 8h45 caminhámos através do calçadão, que ainda não se apresentava com muito movimento, até porque as condições atmosféricas primavam pela instabilidade.
A maré estava na baixa mar e para cumprir a tradição de sexta feira santa, muita gente dedicava-se à apanha de mexilhão.
Depois de passarmos pelas praias do Tamariz e da Poça, chegámos à pitoresca praia da Azarujinha.
Nesta praia o calçadão não tem continuidade. Por isso tivemos que subir algumas dezenas de degraus até alcançarmos outras acessibilidades numa zona residencial.
Passámos depois junto ao Forte de Santo António onde a 3 de Agosto de 1968, Salazar tombou da cadeira, caindo também da poltrona do poder.
E a nossa caminhada prosseguiu num caminho de terra batida, muito bem cuidado, sempre com o mar à vista.
Uma ponte rústica permitiu-nos passar para a outra margem duma ribeira que desagua nas águas do Atlântico.
Em S. Pedro do Estoril, junto ao Centro de Interpretação Ambiental, existe um farol que mereceu a nossa atenção.
Mesmo junto ao mar havia sinais evidentes da época primaveril.
As várias tonalidades da água e das rochas quase convidavam os caminheiros a juntarem-se àqueles que se entretinham a tirar o mexilhão do seu habitat.
Na Parede, como o troço junto ao mar foi entretanto interrompido, caminhámos pelo passeio da marginal, onde sobressaem, os Hospitais de Santana e Dr. José de Almeida, a par de condomínios privados e mansões construídas nos primórdios do século passado.
A entrada para a praia de Carcavelos foi feita sobre as rochas que antecedem o seu extenso areal.
O forte junto à praia da Torre está afectado ao Ministério da Defesa. À nossa passagem pelo local não faltaram algumas histórias a propósito de quando esta edificação serviu de residência oficial ao ex-ministro Paulo Portas.
Chegada a hora do "mata-bicho", satisfizemos as nossas necessidades alimentares num miradouro com vista para a praia da Torre.
Já no paredão de Oeiras avistámos o areal da praia de Santo Amaro.
Um curioso arco de pedra mereceu também a nossa atenção.
Num paredão entre Santo Amaro de Oeiras e Paço de Arcos, inaugurado há menos de um mês, é notável o trabalho de arquitectura que alguns muros apresentam.
A Joana não quis deixar de se fotografar com um graffiti que parecia reflectir a sua própria imagem.
Na estação ferroviária de Paço de Arcos esperámos pelo comboio que nos levaria de regresso a Cascais.
Quis o destino que na carruagem em que viajávamos travássemos conhecimento com um "castiço" de 82 anos, reformado da Lisnave, que com o seu L123 passeia pela área da grande Lisboa, nos contasse algumas histórias da sua rica vivência. Desde a sua juventude como desportista, aos bailes dos Alunos de Apolo, conflitos laborais, repressão policial, etc... Os temas e a forma cómica como os abordava, além de revelarem a sua lucidez, mostravam um profundo conhecimento da vida. Proporcionou-nos um momento de boa disposição.
Chegados a Cascais esperava-nos uma chuva miudinha que não chegou a incomodar por ser efémera. Palmilhámos então a parte do paredão que faltava para fecharmos o circuito.
Cerca das 12h30 e depois de termos caminhado 15 kms. aproximadamente, pensámos que tudo tinha terminado, mas não. Simpaticamente o clã Morais tinha para nos oferecer "fatias paridas" confeccionadas no forno. Estavam deliciosas! Foi com este "miminho" que chegou ao fim mais um agradável passeio matinal. 
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