A credibilidade que as instituições merecem pode e deve ser questionada a cada momento por todos nós. Há meia dúzia de anos alguém ousaria pôr em causa a honestidade e competência de gestores da banca?
Hoje temos exemplos claros de gestão danosa e fraudulenta dessa classe e já ninguém fica surpreendida com notícias de operações bancárias pouco transparentes.
Os crimes económicos e financeiros entraram no nosso léxico e pareciam salvar-se desta tormenta algumas instituições. Mas será que se salvam mesmo? O exemplo que vem a seguir dá que pensar...
«A escolha acertada para os nossos associados é o protocolo DECO/BPN. Para depósitos a 6 meses paga uma taxa(...)»
(Recomendação publicada na página 19 da revista da DECO, "Dinheiro & Direitos" de Março/Abril 2009.)
«A administração do Banco Português de Negócios (BPN) admitiu, (...) que a "situação de liquidez do banco atingiu valores (...) insustentáveis a curto prazo". "A saída diária de depósitos está a conduzir a instituição para uma situação de extrema gravidade", refere a nota interna do BPN.»
(Notícia publicada na página 13 do caderno de economia do "Expresso" em 4 de Abril de 2009.)
Analisando os conteúdos acima referidos, qualquer aforrador ficará no mínimo baralhado, pois a acreditar na notícia publicada no "Expresso", não parece recomendável confiar ao BPN a guarda das suas poupanças, a não ser que o "Expresso" tenha inventado a notícia, o que não parece plausível e seria grave.
Considerando que o dito semanário relata apenas a verdade teremos que pôr em causa a credibilidade da DECO, enquanto associação de defesa dos consumidores, por manifesta incompetência de quem faz os estudos publicados, ou porque, hipoteticamente, a defesa de interesses próprios se sobrepõem aos interesses dos consumidores, que terão de equacionar se não haverá outra instituição, que sendo séria e competente, os defenda melhor.
O "Pai do Bicho" é sócio da DECO assinando a "Proteste" e a "Dinheiro & Direitos" há alguns pares de anos. No entanto, é frequente ser alvo de "maillings" por parte da DECO, a propor a assinatura das ditas revistas, recorrendo ao aliciamento através de ofertas de prémios. Para além deste comportamento ser típico de empresas que praticam vendas agressivas, nem sequer verificam se os destinatários já constam nos seus ficheiros como assinantes das ditas publicações. Isto revela, no mínimo, desorganização e incompetência. Em baixo temos um exemplo desta prática que mais parece um concurso do Reader’s Digest.
Será a DECO uma verdadeira associação de defesa dos consumidores? O "Pai do Bicho" duvida e até total clarificação sobre o cumprimento da missão desta instituição alegadamente de interesse público e sem fins lucrativos, recomenda-se alguma prudência.
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