quinta-feira, 24 de julho de 2008

DESLOCALIZAÇÃO RETROCEDE?

Muitas empresas que laboravam em território nacional foram atraídas pelo baixo custo de mão de obra chinesa e decidiram deslocar as suas unidades de produção para a República Popular da China.
Foi este o caso da empresa alemã Steiff, que há cerca de cinco anos transferiu para a China um quinto da produção de ursinhos de peluche fabricados em Oleiros, Castelo Branco.
Numa perspectiva meramente económica (esquecendo os direitos humanos) é fácil reconhecer a vantagem de poder contar com mão de obra barata. Porém, após o processo de deslocalização, os mercados de destino dos produtos fabricados tornaram-se longínquos relativamente ao local de fabrico e os custos de transporte dispararam acompanhando a subida do preço dos combustíveis. Além disso, os chineses privilegiam o preço e a quantidade sendo notória a sua incapacidade na resposta para séries mais limitadas e com grau de sofisticação mais elevado.
Por isso, os gestores da Steiff, após cinco anos de laboração na China, decidiram fazer regressar a produção a Portugal num processo de aproximação dos principais mercados do resto da Europa, aproveitando também o apetrechamento tecnológico que o nosso país dispõe.
Entretanto começam a surgir rumores que, pelos mesmos motivos, há outras empresas nos sectores dos têxteis e do calçado a fazer regressar a Portugal unidades de produção que outrora tinham sido deslocalizadas.
Será esta uma tendência? Esperemos que se confirme porque só criando mais riqueza o país poderá proporcionar a todos uma MELHOR QUALIDADE DE VIDA.

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