segunda-feira, 14 de julho de 2008

A QUEM APROVEITARIA MELHORES SALÁRIOS?

O capitalismo selvagem despoletou uma crise que se vai agravando com prejuízo evidente para a classe média e para os mais desfavorecidos. O Estado Social é contestado pelos seguidores da corrente liberalista; a corrupção e o tráfico de influências grassa epidemicamente; os agentes financeiros e económicos manifestam permanentemente uma avidez desmedida por lucros crescentes, muitas vezes conseguidos à custa de baixos salários, utilização de paraísos fiscais para negócios ilícitos, práticas especulativas bolsistas, etc...
A História tem-nos ensinado que os ciclos têm um princípio, meio e fim. Este ciclo também terá a sua ruptura. Basta que os insaciáveis capitalistas cheguem à lógica conclusão que só poderão existir consumidores/trabalhadores a contribuir para a sua "engorda" se o seu poder de compra não for constantemente subtraído e se a riqueza produzida for distribuida com maior justiça pela via de maiores salários, já que não é crível que melhores retribuições pelo trabalho sejam sustentadas pela ideia de fazer justiça a quem trabalha.
Melhores salários proporcionam aos trabalhadores melhor qualidade de vida e uma forte motivação conducente a níveis de produção superiores.
Senhores capitalistas aprendam com Robert Bosch.


"Não pago bons salários por ter muito dinheiro. Tenho muito dinheiro porque pago bons salários"
(Robert Bosch, fundador da empresa alemã Bosch)

1 comentário:

Jaime Pereira disse...

A ideia é boa mas está desactualizada...
Não creio que o Robert Bosch ainda subscreva a frase que deve ter sido escrita nos tempos do capitalismo abastado com preocupações sociais.
Infelizmente já nesses tempos havia milhões a morrer de fome nos continentes menos desenvolvidos.
Hoje, com a globalização (há quem defenda que há a boa e má, tipo colesterol), o que está em causa é a subsistência do sistema capitalista e a protecção de uma "clique" que vive da desgraça de milhões pondo-os uns contra os outros...
Gostava que fosse verdade haver um paraíso em que o leão passeasse ao lado do veado sem o atacar.
As coisas estão demasiado desreguladas para haver saídas sem dor.